Mato Grosso do Sul começou a consolidar o projeto que se destina à construção de centrais de energia solar fotovoltaica que irão sustentar o abastecimento elétrico das unidades administrativas do Governo do Estado. A intenção do governador Reinaldo Azambuja é viabilizar economia financeira ao Estado, utilizando a energia sustentável para alcançar a eficiência energética nos órgãos e entidades do Poder Executivo.
Por meio do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), o Governo publicou, nessa sexta-feira (22.04), no Diário Oficial do Estado, o edital de chamamento público para o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que orienta a elaboração de estudos técnicos que demonstrem a viabilidade de implantar, manter e operar centrais de energia elétrica fotovoltaica em Mato Grosso do Sul.
“É uma visão estratégica. A gente entende que priorizar a geração de energia limpa, renovável, é contribuir para questão ambiental, para a sustentabilidade de Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo”, disse o governador Reinaldo Azambuja.
Entre os objetivos desta PPP (Parceria Público- Privada) estão a promoção de sustentabilidade, a geração de economia financeira e retorno econômico, o investimento em infraestrutura, o estímulo à redução do uso de combustíveis fósseis e, acima de tudo, a eficiência energética.
Com a implantação deste projeto, Mato Grosso do Sul vai seguir o exemplo e o pioneirismo de estados como Piauí, que implantou a maior usina solar do Brasil. O Estado possui algumas unidades de captação de energia solar em grande escala, mas que não estão inseridas no âmbito da administração pública estadual.
“Esse projeto tem total aderência a nossa agenda para o desenvolvimento sustentável. Mato Grosso do Sul está comprometido com os ODS’s (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) da ONU que vão além deste projeto de energia fotovoltaica, a exemplo da PPP de esgotamento sanitário e da inclusão digital para 2021”, disse a secretaria Especial de Parcerias Estratégicas de Mato Grosso do Sul, Eliane Detoni.
De acordo com estudos preliminares, em Mato Grosso do Sul a taxa de incidência solar chega a 5.200 wh/m² ao dia, o que representa quase o dobro da irradiação solar da Alemanha e outros país europeus, o que demonstra o grande potencial a ser explorado.
Em 2019 o consumo de energia elétrica dos órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Governo do Estado foi de, aproximadamente, 170 milhões de quilowatt-hora (KWh).
Energia Solar Fotovoltaica
A captação de energia solar fotovoltaica funciona por meio de painéis solares que transformam em eletricidade a luz do sol, a energia mais abundante e amplamente renovável do planeta.
Com a emissão constante de gases poluentes na atmosfera, e que contribuem para o efeito estufa e destruição da camada de ozônio, o uso de fontes limpas e renováveis de energia tem se tornado uma amostra de responsabilidade com o meio ambiente e com o planeta.
“Com a execução desse projeto, o Governo do Estado será exemplo de desenvolvimento sustentável. Fomentar o uso de energia limpa e de energias renováveis é uma linha estratégica do Governo do Estado”, afirmou Eliane.
De acordo com Eliane, diversos estudos indicam que o Brasil tem grande potencial na utilização desse tipo de energia. “O Brasil possui capacidade e potencial gigantescos para aproveitar esse recurso. Mato Grosso do Sul está entre as regiões, e mais especificamente entre os estados, com maior incidência solar no país”, explicou a secretária.
Energia Limpa
Produzida a partir de fontes renováveis, disponíveis na natureza, a energia limpa não libera gases prejudiciais na atmosfera e sua produção tem pouco impacto nos ecossistemas, como a energia fotovoltaica.
Esse tipo de energia pode ser gerada mesmo em dias nublados ou chuvosos. No entanto, quanto maior for a radiação solar, maior será a produção de eletricidade. Este tipo de sistema já é utilizado há mais de 30 anos.
Ilumina Pantanal
Aliando desenvolvimento e a preservação ambiental, o governador Reinaldo Azambuja lançou, juntamente com a Energisa, outro projeto audacioso que irá ampliar no Pantanal, para áreas remotas, o acesso à energia elétrica por fonte renovável, utilizando a energia fotovoltaica.
O projeto, que recebeu o nome de “Ilumina Pantanal”, vai levar energia elétrica para cerca de cinco mil pessoas que vivem em áreas remotas do bioma e que atualmente não contam com o serviço.
A partir de julho, a maioria das unidades consumidoras atendidas terão instalados microssistemas individuais de geração solar fotovoltaica e armazenamento da energia excedente em baterias. Tudo sem custo para o consumidor.
Ao todo, 2.167 unidades consumidoras serão beneficiadas pelo projeto até 2022, o que representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de 90 mil km², nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda.
Os interessados no edital podem acessa-lo pelo link “PMI n° 01/2021” ou pelo site do Escritório de Gestão Estratégica (EPE).
Luciana Brazil, EPE/Segov