Março representa a busca permanente de uma sociedade representativa, mais justa e igualitária para as mulheres. Celebração compartilhada pelo Escritório de Parcerias Estratégicas do Governo de Mato Grosso do Sul, que comemora a conquista de um marco concreto no equilíbrio de gênero.
Ao longo de oito anos de atuação na formulação de projetos de infraestrutura, o Escritório de Parcerias Estratégica buscou inspiração nos debates e nas Leis que buscam elevar o protagonismo feminino na sociedade.
Vigente desde 2022, a Lei Estadual nº 5.829 – que regula a governança dos contratos de parcerias do Estado – prevê ações para a promoção da igualdade de gênero e de outros pilares das diretrizes ESG (sigla em inglês que engloba Environmental, Social and Governance), tendência internacional e uma resposta do mercado e de governos frente aos desafios da sociedade contemporânea em relação à inclusão, diversidade e direitos humanos.
“Temos buscado incorporar a pauta de gênero aos projetos de parcerias do Estado. Foi previsto nos projetos a obrigação ao contratado de observar uma cota feminina de, no mínimo, 40% do conselho de administração da empresa”, explicou a secretária especial do Escritório de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni.
A cota feminina foi inspirada em um projeto de lei em trâmite na Câmara dos Deputados e diretivas da União Europeia, que impõe metas de equilíbrio de gênero para as empresas de capital aberto do bloco. As empresas parceiras do Estado são Sociedade Anônima e, se caso optem por abrir o capital, ou seja, ter ações negociadas na bolsa de valores, obrigatoriamente deverão ter Conselho de Administração e obedecer a cota feminina.
Além disso o Escritório possui 63% da sua equipe composta por mulheres. A pasta é comandada por Eliane Detoni e conta ainda com 50% das diretorias ocupadas também por mulheres, todas com capacitação maior do que o nível exigido para a função. Um time extremamente competente e sensível ao trabalho no serviço público.
“Há 30 anos atuando na área pública, tive a sorte de trabalhar com pessoas e ambientes mais democráticos e humanos. Por muitas vezes, ouvi engenheiros mais jovens me dizerem que haviam crescido muito emocionalmente e profissionalmente sendo chefiados por uma mulher e que não tinham até então consciência do quão machistas eram. A terceira edição da pesquisa Panorama Mulher, realizado pelo Insper, nos mostra que quando elas chegam lá, independentemente do setor, tamanho ou forma de gestão, a chance de promoverem maior equidade de gênero na liderança é maior. Precisamos perseguir essa meta e de fato praticar. Ter equilíbrio de gênero, traz melhores desempenhos. Não à toa minha equipe é equilibrada. Essa é a parceria que nos melhora, que nos dá apoio mútuo”, conclui Eliane Detoni.
Reportagem Laine Breda
Fotografia Edemir Rodrigues